Era madrugada
Era quase nada
Ela pela estrada
Estava sem ninguém
Ela se ocupava
Com fórmulas complicadas
De como se fazer doer
Prá doer alguém que amava
Se imaginava
Caída estirada
Como uma operária
Que se lançasse ao chão
E se ele a visse
Se seu amor a visse assim
Desfeita, rosa no jardim
Pára-quedas sem abrir
Pois certo seria
Que a cobrisse de carinhos
Que a levasse dali
Com ela faria
Sonhos de festim
Pra um outro dia amanhecer
Ela quer chorar
Uma prova de amor